Sinto-me uma pateta cada vez que leio (bom, vá, já nem vou falar em ouvir!) um discurso do Obama. Está tudo lá. É como se tivesse uns cabos que estabelecem ligação directa entre o que eu quero e penso do mundo e o que ele diz. E o meu espanto por descobrir que a diferença é realmente possível e que até na política há esperança.
E depois, lá no fundo, o pézinho atrás que me diz que um dia ele vai ter de meter o pé na poça e eu vou ficar tããããoooo desgostosa. Bem que eu tento pegar em alguma coisa, mas até agora não consegui. I'm an Obama girl, definitly.
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
"Prefiro exame à próstata a perfil no Facebook" *
A afirmação é de George Clooney.
Resta saber se o actor se está a referir ao PSA ou ao toque rectal...
* daqui
O poder da imaginação
Aposto convosco o que quiserem em como vamos todos pensar no mesmo depois de ler esta notícia:
"Homem mais alto do mundo procura noiva
O turco Sultan Kösen, que com 2,465 metros é o homem mais alto do mundo, explicou ontem em Londres que o seu sonho é encontrar o amor. O jovem de 26 anos tem ainda as maiores mãos (27,5 cm) e os maiores pés (36,5 cm de comprimento) do mundo, segundo o livro dos recordes Guinness."
O turco Sultan Kösen, que com 2,465 metros é o homem mais alto do mundo, explicou ontem em Londres que o seu sonho é encontrar o amor. O jovem de 26 anos tem ainda as maiores mãos (27,5 cm) e os maiores pés (36,5 cm de comprimento) do mundo, segundo o livro dos recordes Guinness."
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Não é todos os dias que se tem uma vista assim...
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Macacas voadoras
É sempre bom saber que somos, de alguma forma, inspiradoras para alguém...
Aparentemente, temos o poder de fazer voar os nossos leitores e isso é bom (digo eu!)...
A momentU, por exemplo, voou para a blogosfera graças às macacas, diz ela. E nós dizemos: ainda bem, porque adoramos o P&T!
E porque este prémio é ele mesmo pessoal e transmissível - embora num formato passa-ao-outro-e-não-ao-mesmo (e como tal não podemos recambiá-lo para a momentU) - escolhemos cinco blogs que nos fazem levantar voo...
lady oh my dog - porque nos faz voar para uma realidade alternativa, mas muito muito divertida.
flagrante delícia - na realidade, este blog faz-nos mesmo é babar... Mas tb nos dá vontade de voar para casa e experimentar, uma a uma, todas as receitas...
mini-saia - às vezes, tenho vontade de levantar voo para a H&M mais próxima... Can't help it!
para francisco - levantamos voo para um mundo de emoções, para uma escrita que vem directamente do coração
the sartorialist - porque nos faz voar com estilo!
Aparentemente, temos o poder de fazer voar os nossos leitores e isso é bom (digo eu!)...
A momentU, por exemplo, voou para a blogosfera graças às macacas, diz ela. E nós dizemos: ainda bem, porque adoramos o P&T!
E porque este prémio é ele mesmo pessoal e transmissível - embora num formato passa-ao-outro-e-não-ao-mesmo (e como tal não podemos recambiá-lo para a momentU) - escolhemos cinco blogs que nos fazem levantar voo...
lady oh my dog - porque nos faz voar para uma realidade alternativa, mas muito muito divertida.
flagrante delícia - na realidade, este blog faz-nos mesmo é babar... Mas tb nos dá vontade de voar para casa e experimentar, uma a uma, todas as receitas...
mini-saia - às vezes, tenho vontade de levantar voo para a H&M mais próxima... Can't help it!
para francisco - levantamos voo para um mundo de emoções, para uma escrita que vem directamente do coração
the sartorialist - porque nos faz voar com estilo!
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Se eu tivesse casa,
fechava-me em casa e só saía depois de ter experimentado cada uma destas receitas de pecado e luxúria.
Quizzz
Imaginem que vos diziam: "Agora podes deixar o teu emprego. Durante cerca de um ano vais ter tempo e dinheiro suficiente para poderes fazer aquilo que sempre quiseste e nunca pudeste." A vossa escolha seria...?
terça-feira, 8 de setembro de 2009
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Beu beu
Sabem aqueles cães pequeninos que ladram muito sem parar? E tem um ladrar tão agudo e irritante que parece que ladram de boca aberta com uma lata enfiada pela goela abaixo? E apetece dar logo um pontapé daqueles que até puxamos a perna bem cá atrás?
Há pessoas que parecem esses cães.
Há pessoas que parecem esses cães.
sábado, 5 de setembro de 2009
Sai uma trip para a mesa do canto
Fechar os olhos e ouvir até ao fim...
Ver o vídeo já é uma passinho à frente.
Ver o vídeo já é uma passinho à frente.
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Uma questão cabeluda!
Hoje, pela primeira vez, desde há dois meses, senti saudades do meu cabelo comprido.
Estava no metro e uma morena de longa cabeleira fazia, com grande perícia e simultaneamente alguma languidez, um bonito rabo-de-cavalo e eu fiquei com uma inveja daquele movimento!
Se ao menos, como faço sempre que vou cortar o cabelo, tivesse pedido para me deixarem o suficiente para o poder apanhar... Mas não...
Mas agora já está... E também não me arrependo... Foi só um momento de fraqueza...
Ele volta a crescer, não é?
Estava no metro e uma morena de longa cabeleira fazia, com grande perícia e simultaneamente alguma languidez, um bonito rabo-de-cavalo e eu fiquei com uma inveja daquele movimento!
Se ao menos, como faço sempre que vou cortar o cabelo, tivesse pedido para me deixarem o suficiente para o poder apanhar... Mas não...
Mas agora já está... E também não me arrependo... Foi só um momento de fraqueza...
Ele volta a crescer, não é?
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
A minha Índia
A minha Índia é quente e húmida, com uma luz tão forte que faz o céu parecer branco
é um caldeirão de gente, carros e rickshaws e um coro de buzinas numa nuvem de poluição
é a aventura do trânsito sem regras
é o barulho e o alívio do silêncio
é aquele tique que eles têm com a cabeça
é dar por mim a fazer o mesmo
é a obsessão da simetria
são moscas
são as cores dos saris e das bancas de fruta
são papaias gigantes, côcos, romãs, mangas e eu sem lhes poder tocar
é o picante a disfarçar o podre e
é inexplicavelmente bom
é palak paneer e chicken masala
é cerveja Kingfisher e carros Tata
é cheiro de urina, fezes e lixo cortado pelo incenso
é merda de vaca nos pés
são dezenas de pessoas à frente de televisões na rua à hora da telenovela
são filas para mulheres e filas para homens - colados uns aos outros
são casas pequenas e velhas de todas as cores enroladas em centenas de cabos
são escarras no chão
são terraços
é o pôr-do-sol côr de rosa
é regateada
são grades nas janelas para que os macacos não entrem em casa
é o barulho da ventoinha durante a noite
são lençois sujos e não me importar com isso
são vacas no meio da estrada, cabras, búfalos, macacos, cascaveis, camelos e um elefante numa rua apertada
são morcegos, esquilos, cães anestesiados pelo calor, são tantas águias que eu tinha certeza que só podiam ser pombos
é o céu coberto de papagaios e eu boquiaberta
são cidades rosa e cidades azuis
são imensidões de verde mesmo depois de três anos de seca
são meias-estradas porque o dinheiro não dava para mais.
são dentes brancos e órbitas curiosas a saltar da pele ainda mais escurecida pela sujidade
são palácios e templos de renda mal tratados
são pacotes de tabaco de mascar a forrar o chão
são mulheres a lavar a roupa no rio
são crianças a pedir que lhes tiremos fotografias
são dores de barriga, pão, arroz e coca-cola
é o cheiro a fritos
é lixo
é mendiga
é o céu de cinzas de Varanasi
são crematórios a céu aberto
é acreditar que a morte é mais um início e não um fim
é gente a dormir no chão
é não perceber se estão vivos
é a sobrevivência
são homens a passear de mão dada
é um leque de deuses para cada ocasião
são viagens intermináveis de nariz colado à janela
é acordar sempre com um sorriso
sou eu feliz, feliz, como não me sentia há muito tempo.
é um caldeirão de gente, carros e rickshaws e um coro de buzinas numa nuvem de poluição
é a aventura do trânsito sem regras
é o barulho e o alívio do silêncio
é aquele tique que eles têm com a cabeça
é dar por mim a fazer o mesmo
é a obsessão da simetria
são moscas
são as cores dos saris e das bancas de fruta
são papaias gigantes, côcos, romãs, mangas e eu sem lhes poder tocar
é o picante a disfarçar o podre e
é inexplicavelmente bom
é palak paneer e chicken masala
é cerveja Kingfisher e carros Tata
é cheiro de urina, fezes e lixo cortado pelo incenso
é merda de vaca nos pés
são dezenas de pessoas à frente de televisões na rua à hora da telenovela
são filas para mulheres e filas para homens - colados uns aos outros
são casas pequenas e velhas de todas as cores enroladas em centenas de cabos
são escarras no chão
são terraços
é o pôr-do-sol côr de rosa
é regateada
são grades nas janelas para que os macacos não entrem em casa
é o barulho da ventoinha durante a noite
são lençois sujos e não me importar com isso
são vacas no meio da estrada, cabras, búfalos, macacos, cascaveis, camelos e um elefante numa rua apertada
são morcegos, esquilos, cães anestesiados pelo calor, são tantas águias que eu tinha certeza que só podiam ser pombos
é o céu coberto de papagaios e eu boquiaberta
são cidades rosa e cidades azuis
são imensidões de verde mesmo depois de três anos de seca
são meias-estradas porque o dinheiro não dava para mais.
são dentes brancos e órbitas curiosas a saltar da pele ainda mais escurecida pela sujidade
são palácios e templos de renda mal tratados
são pacotes de tabaco de mascar a forrar o chão
são mulheres a lavar a roupa no rio
são crianças a pedir que lhes tiremos fotografias
são dores de barriga, pão, arroz e coca-cola
é o cheiro a fritos
é lixo
é mendiga
é o céu de cinzas de Varanasi
são crematórios a céu aberto
é acreditar que a morte é mais um início e não um fim
é gente a dormir no chão
é não perceber se estão vivos
é sentir-me esmagada com a naturalidade da miséria
é ter de fingir que isso não nos impressionaé a sobrevivência
são homens a passear de mão dada
é um leque de deuses para cada ocasião
são viagens intermináveis de nariz colado à janela
é acordar sempre com um sorriso
sou eu feliz, feliz, como não me sentia há muito tempo.
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