segunda-feira, 30 de julho de 2012

Afinal, tempo e disponibilidade não são a mesma coisa.
Eu diria que são conceitos inversamente proporcionais.

domingo, 29 de julho de 2012

fds numa imagem

Para as meninas Bzana e V., uma salva de palmas...

sexta-feira, 27 de julho de 2012

1,2,3... experiência


quarta-feira, 25 de julho de 2012

20 anos depois...

volto a furar a(s) orelha(s).

(O mais engraçado é que foi precisamente o mesmo senhor a fazê-lo)
Hoje também estamos AQUI

muito agradecida, Mak, foi um prazer

terça-feira, 24 de julho de 2012

24.07.2011


A Magali baixou em mim


Pequeno-almoço de hoje : uma taça cheia de cubos de melancia + sumo de melancia

quinta-feira, 19 de julho de 2012

"biblioteca itinerante"



Foi assim que a R. respondeu ao meu "quem é?", do lado de cá da porta, através do intercomunicador.
A R. é uma Amiga que (infelizmente) sabe muito bem o que é estar em convalescença (no Verão!!). Vai daí, veio visitar aqui a enferma, que na última semana (da qual passou a grande maior parte do tempo deitada) já devorou 3 livros e tudo o que é revista cor-de-rosa e trouxe-lhe estes 2 exemplares da foto.

Priceless, R.!!! Obrigada!

PS - Acho que há alguém que vai ficar a conhecer o site da Amazon nos próximos dias... 
É que já li tudo o que havia para ler cá em casa. 
Aceitam-se (boas) sugestões!

bodas de flores e frutas


segunda-feira, 16 de julho de 2012

Mau negócio

Trocar uma hérnia discal por uma úlcera gástrica.

Foi por pouco... 

sexta-feira, 13 de julho de 2012

cadavre exquis - o resultado



Obrigada a todos por terem tornado este cadavre exquis virtual num desafio tão divertido!
A vossa dedicação, empenho e interesse superou todas as minhas expectativas... Um grande bem haja a todos e stay tuned!




Cá vai o (tão esperado) resultado: 





Leio pela primeira vez Valter Hugo Mãe, que fala em “assumir a tristeza para reclamar a esperança” e penso na enorme simplicidade, na inexorável verdade e no poder esmagador desta frase... E compreendo como esta é uma ideia tão lúcida numa época e sociedade que rejeitam veementemente a tristeza através dos mais diversos subterfúgios: da literatura de “auto-ajuda” eticamente duvidosa à dormência dos antidepressivos. Viver a tristeza é fundamental para investir no futuro a que cada um tem direito.
O futuro a que todos temos direito está escondido nos locais mais improváveis, como, aliás, os melhores segredos. por mais difíceis que as manhãs se imponham, não há como impedir o resto do dia, podemos muito pouco contra o fim da tarde ou contra o início da noite. e o futuro é isto, começa já hoje, é o segundo imediatamente a seguir a este. cada momento fresco e limpo é uma possibilidade de renovação que a vida põe à nossa frente, podes escolher isso ou o passado. eu escolho isso. não há nada pior que o demasiado tarde e não há nada melhor que as biliões de possibilidades que cada momento nos oferece de caminharmos para um futuro nosso, aquele a que cada um tem direito. e isto pode ser simples, pode ser tão simples como decidir, na improbabilidade do trânsito, que chegou a hora de ter novos cheiros na pele.
Era o que eu sentia cada vez que passavas por mim! E adorava! Sentir o teu cheiro cada vez que te mexias. Sentia um arrepio e o desejo aumentava cada vez mais...
Mas houve um dia que deixou de ter o mesmo efeito em mim! E a partir desse dia eu soube que tinhas deixado de ser meu. Ou eu tinha deixado de ser tua. Porque afinal, aquele olhar e aquele cheiro que me deixavam KO, não passavam de um olhar vazio e de um odor que perdera o encanto do antigamente.
E a partir desse dia, voei! Fui para longe. Sentei-me na praia e fiquei horas a observar o mar, a ouvir as gaivotas e a ver os barcos ao fundo tão pertinho da linha do horizonte. Ganhei forças e levantei-me para a minha nova vida. O Zé Manel sempre me tinha olhado de uma forma diferente e achei que era altura de o encarar. Aquele bigode, aquelas sobrancelhas fartas e másculas... As mãos sujas de óleo e a barba por fazer. Alguma coisa no Zé Manel me encantava e repugnava ao mesmo tempo! O telefone tocou, era a minha mãe! Queria saber o que me apetecia para o jantar, mas eu só pensava em ir ter com o Zé Manel... A última coisa que queria era ter de aturar a minha irmã com as histórias dela, a minha avó a ouvir a novela aos gritos e a minha mãe a fazer queixas do meu pai! Queria pensar no Zé Manel. Ou estar com ele. Não sei... Queria estar sozinha em silêncio... Peguei no carro e parei à frente da oficina dele... Estava fechada mas vi uma luz acesa lá dentro!
Não teria necessariamente de tomar uma decisão, mas agora havia um sinal que permitiria fazê-lo.
Optou por se encostar num longo suspiro e com convicção disse: “Tu vais ser capaz.” Sentando o peso do seu corpo no chão, pousou os papéis espalhando-os sem nexo, de lápis na mão esquerda (sempre daqueles com borracha na ponta) e uma febre desconhecida dentro de si. Tudo teria de se compor. Foi sempre assim que ouvira a sua Mãe dizer, que só para a morte não se encontra remédio, de resto, para as nódoas de alcatrão ou mesmo quando o altar da Nossa Senhora de Fora se estatelou no chão no dia da procissão, haveria de se encontrar uma solução.
Olhou para a luz, permanecia constante e amarela. Com a mão direita enrolava os cantos das folhas enquanto revia as últimas alterações. A pouco e pouco o monte de papel ia ganhando corpo. Duzentas e trinta e cinco páginas presas numa mola preta. A febre acalmava. Era afinal a vontade de partilhar aquilo que fez afastar o seu corpo daquele espaço, durante todo aquele tempo.
A luz continuava acesa. Colocou o manuscrito no envelope, fechou-o com fita-cola e enfiou-o na caixa do correio.
Com o som metálico abafado que confirmou que batera no fundo da caixa, veio a consciência de que não poderia voltar atrás. As pálpebras fecharam-se com o peso do mundo distribuído irmãmente entre as duas, a boca contraiu-se. Arrependeu-se. Arregaçou a manga, esticou os dedos dentro da caixa e cá fora o braço, as pernas, enquanto mordia a língua, ridícula, de lado, a apontar para o céu numa prece. Mas nada nem ninguém no céu poderia agora fazer o tempo andar para trás. Os olhos esbugalharam, a barriga deu a volta que anunciava sarilhos para quem não estava perto de um posto de alívio de tensão e, ainda em bicos dos pés, conformou-se num suspiro. Agira num impulso e a sua racionalidade fustigava-lhe agora a consciência. Deu meia volta e rumou a casa. Não foram necessários mais do que duzentos metros para, de repente, tudo ficar claro como água. Só havia uma coisa a fazer: procurar ajuda junto da sua avó!
A avó era aquela pessoa que a conhecia melhor que ninguém e que identificava logo se o que ela precisava era de uns minutos de colo, daqueles em que a ternura dos abraços diz mais que mil palavras, ou de um bom conselho.
Sim, de certeza que a avó saberia como ajudá-la!
Ao volante do seu carro, conduziu até à casa onde crescera e que tantas recordações lhe trazia.
Parou o carro em frente à porta, saiu e por um momento ficou a admirar a fachada daquela vivenda tão grande quanto antiga. O vento fazia dançar as folhas das árvores e o espanta espíritos que estava na entrada.
Tocou à campainha. Do lado de dentro, ouviu os passos arrastados que se aproximavam da porta.
Quando finalmente a porta se abriu, os seus olhares cruzaram-se e, de repente, só de olhar para aquela velha senhora, ela sentiu-se muito mais leve. Tudo se havia de resolver!
Lembrou-se que há muito não dedicava tempo a si própria e decidiu tomar um longo banho, cheio de espuma, com um copo de vinho tinto e o livro que ansiava acabar há mais de um mês. Por instantes esqueceu os problemas, a empresa, o filho da mãe e as rotinas. 
Quando se deu conta já tinham passado quase 2h e por instantes sentiu-se feliz!
Vestiu uma roupa leve e sentou-se em frente ao computador a escrever a sua história. Tudo se havia de resolver, mas tinham que saber a sua versão. Ela não permitiria que os clientes ficassem com a ideia de que a transacção não correra bem por sua culpa. Alguém tinha que pôr fim à arrogância daquele filho da mãe e, nos dias de hoje, não há jornalista que recuse uma boa história apimentada
Mas, bruscamente, parou de escrever. Estaria ela disposta a ver a sua vida descortinada por uma cambada de jornalistas famintos?! Não seria um preço demasiado alto? Mas que outra forma havia ela de arranjar para conseguir que aquele cão milionário, dono de um império, pagasse pelo seu despedimento injusto. A sua única prova era física.
No entanto, sobre si pairava a dúvida sobre o que verdadeiramente era uma prova. No seu caso, era evidente - uma camisa cheia de nódoas que tanto podiam ser de ketchup, de sangue ou, pior ainda, daquela compota de cereja que a sua tia insistia em oferecer-lhe. Tudo bem que a tia era ceguinha, mas a tolerância para com parentes mais desvalidos não deveria obrigar a enfardar compotas intragáveis.
Voltando à sua única prova, resolveu tirar a camisa e examiná-la com cuidado. Logo se arrependeu, porque quando se viaja num cacilheiro apinhado não é difícil fazer amigos quando se tira a camisa. Ao levantar a olhar, já um tipo com uma manga cava cor de rosa sorria, tal como uma gaja duvidosa que ou tinha peruca ou trazia o seu gato deitado em cima da cabeça. Reparou também na reacção mais contida, um sorriso que era quase um esgar, de uma rapariga vestida de negro que vinha a ouvir música nos seus phones modernos. Ela parecia estar mais interessada na camisa, o que parecia contrariar a tendência no cacilheiro.
Resolveu voltar a vestir a camisa, aquela prova não provava nada e não era nisso que se devia concentrar. Tinha era de perceber rapidamente porque raio a rapariga de preto com os phones também tinha uma tatuagem com um gnomo de jardim.
Anos mais tarde chegou o arrependimento. Nada agora fazia sentido. A vida, ou melhor, os anos de ausência encarregaram-se de atenuar o cheiro da erva cortada, de fazer esquecer as promessas de amor que se desenharam em cada folha da Ginkgo Biloba que enobrecia o lugar, de abrandar o ritmo cardíaco que um dia foi acelerado sempre que se adivinhava o encontro naquele jardim.
Hoje, a erva permanecia cortada, a também chamada Nogueira do Japão continuava a fazer a larga sombra que justificava que tantos escolhessem aquele jardim e o gnomo, ao longe, que um dia ali foi deixado num acto de puro humor (ou direi amor), ainda que mais pálido, permanecia intacto, de pé.
Só a expectativa de um amor infinito é que havia tombado. Com a queda veio tudo atrás e nada restou, porque é difícil justificar o vazio que nos preenche depois da traição de anos de certezas.
Desse outro tempo, que só não era efectivamente passado porque as linhas do gnomo marcadas na pele não o permitiam, só restava a tatuagem. E nada doía tanto como viver num abraço contínuo a essas lembranças que se queriam por esquecidas.
São tantas as que me acompanham anos a fio que volta e meia dou por mim a questionar-me: “onde está o baú para esquecer um pouco o passado?”. É tramado. Pessoas. Essencialmente são as pessoas que passam pelas nossas vidas e nos deixam estas tatuagens. E lugares e palavras e sons e cheiros dos quais temos extrema dificuldade de libertação. E com “pessoas” facilmente chego aos meus avós. A tudo o que me ensinaram, às expressões que deles herdei e ainda utilizo no meu dia-a-dia. E jeitos e manias e tiques. E um primeiro namorado, aquele que julgámos ser para a vida. Quem não passou por isso? E aqueles que outrora foram nossos amigos e sem sabermos exactamente a razão, deixaram de o ser. Talvez porque a vida nos afasta e nos magoa e trata de nos trazer amigos e pessoas novas e nos tornar de novo felizes. Mas no fim de tudo, algures, há lembranças, há pessoas, há lugares, há sons, há cheiros que não vamos esquecer. Ou guardar. Porque fazem de nós o que somos. E nos fazem sorrir. E sentir o calor no estomago. E o resto? "Aquele" que nos agonia, esse pode ficar no baú. Tenho para mim que a humanidade agradece.
E eu também. Há muito tempo que não me sentia tão feliz. Ali estivemos horas, juntos, em família. Os tios mais velhos, a quem sempre me ensinaram a guardar o maior respeito; os primos da geração anterior à nossa a fazer-nos as delícias com as suas histórias, as mesmas de sempre, que todos já ouvimos uma e outra e outra vez e nunca nos cansam; as primas da minha idade e os nossos filhos que brincam e correm e pulam como nós também já brincámos e pulámos e corremos.
Terminei o dia de alma cheia. Matei saudades, dei abraços, deixei cair umas lágrimas de emoção. Ver o meu filho integrado numa iniciativa tão nobre, acompanhado de todas as pessoas que habitam o meu lado mais sereno, foi mágico. Ali, naquele espaço e naquele momento, eu tive a certeza que a História se repete. Eu soube que, independentemente de tudo quanto nos possa assombrar, ele, tal como eu, vai ter sempre no olhar aquela alegria de viver.
No entanto, não pude deixar de sentir um aperto no peito quando, já de madrugada, me deitei e pensei… Amanhã, estaremos de volta à dura realidade… no fundo a única que realmente me pertence. Aqueles dias foram outra coisa, tudo menos real. Foram um oásis no meio da minha vida cinzenta e carrancuda, foram alma para quem tem um coração rugoso. Aqueles dias foram dela! Ela que era feita de lábios rasgados e gargalhadas, ela que tinha aquela pele morena de Agosto, o cabelo preso numa trança meia desfeita e um vestido curto azul. E o olhar? Aquele olhar maroto, infantil de quem não faz ideia do que custa a vida. Convidou-me para dançar. como se nos conhecessemos desde sempre e, no final da dança beijou-me! Sem me pedir, sem me avisar, sem sequer me dar uma pista... Disse que a minha timidez a provocou, que queria voltar a dançar comigo e que estaria na praia amanhã às 14h Ela falou a tarde inteira, sobre tudo, sobre o curso de Pintura que estava a tirar e, sobre os seus planos de viajar e pintar o rosto de cada país, sobre como gostava de praia e de águas frias! Mas quem é que gosta de águas frias, pensei! só ela, e isso ainda lhe dava mais encanto. Ela ria-se a cada frase e atropelava-se em assuntos.Não sei se ouvi tudo que em disse, olhar para ela bloqueava-me a capacidade dos restantes sentidos, mas lá ia acenando a cabeça de longe a longe! Não me pareceu que isso lhe fizesse diferença... fazia-me perguntas encadeadas umas nas outras e dava a opinião dela sem sequer ouvir a minha... E nos entretantos beija-me outra vez! Tão livre que ela era e eu tão preso a uma dura realidade... Nada tínhamos a ver um com o outro e, a cada minuto me questionava o que poderia querer de mim. Não a trouxe comigo, mas guardei em mim o calor de quem vive sem preconceitos, sem máscaras. Trouxe o seu sabor a gelado de goiaba e o seu cheiro a sal. E trouxe no peito aqueles olhos verdes, grandes e com tanta fome de mundo!
De cheiros! De lugares! Estava a tornar-se insaciável!
Ficar seria a opção mais cómoda mas isso seria contraproducente.
CALMA! - Gritou-lhe a consciência em tom imperativo. Então deixou-se cair na velha cadeira, de palhinhas coloridas. Agarrou o copo de café, já frio, engoliu de um só gole saciando a sede. Pelo menos esta era bem mais fácil de saciar.

terça-feira, 10 de julho de 2012

cadavre exquis - "chegou ao seu destino"

Para a Té F.: com tanta fome de mundo!

interrompemos a interrupção....

... para dar conta dos (esperados) desenvolvimentos no desafio em curso aqui no blog.

a emissão será retomada dentro de momentos...


Por motivos alheios à minha vontade (e inerentes à minha saúdinha) estarei ausente do blog nos próximos dias. Retomaremos a emissão assim que as questões técnicas se encontrarem resolvidas.
 

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Cromos

a colar cromos com o pai! (até eu colei uns quantos, confesso... O que eu adorava cadernetas quando era miúda)

cadavre exquis - the show must go on

CHAMADA À RECEPÇÃO

In this blog we do futility too


saldos Uterqüe

sublinhados#7.889.475



Deve nutrir-se carinho por um sofrimento sobre o qual se soube construir a felicidade, repetiu muito seguro. Apenas isso. Nunca cultivar a dor, mas lembrá-la com respeito, por ter sido indutora de uma melhoria, por melhorar quem se é. Se assim for, não é necessário voltar atrás. A aprendizagem estará feita e o caminho livre para que a dor não se repita.

in O filho de mil homens, de Valter Hugo Mãe

fds numa imagem

quinta-feira, 5 de julho de 2012

cadavre exquis - quase a chegar ao destino final

Para a melancia: de volta à dura realidade...

cadavre exquis - passa a outro e não ao mesmo

Para a Ni: a humanidade agradece.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

cadavre exquis - próxima paragem

Para a rita batata frita: lembranças que se queriam por esquecidas.

terça-feira, 3 de julho de 2012

é tão bom ser pequenino



 e o grande dilema do dia residir na escolha do brinquedo com que se vai brincar a seguir...

cadavre exquis - siga o andor!

Para a ana ginkoamor: uma tatuagem com um gnomo de jardim.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

cadavre exquis - o senhor que se segue

Para mak, o mau: A sua única prova era física.

Quem é que me ensina a fazer coraçõezinhos aqui nos títulos dos posts?


fds numa imagem


domingo, 1 de julho de 2012

cadavre exquis - siga a dança!

Para a rita c'est ma vie: Tudo se havia de resolver!