#obrigada2017

foi um ano particularmente duro (fdp, mesmo!). mas é precisamente por isso que digo "obrigada 2017".

é que se não me tivesses obrigado a "bater no fundo", eu não teria sentido a necessidade de mudar/crescer. apercebi-me que apesar de ter feito muitas coisas novas e diferentes nos últimos tempos (nomeadamente ter sido mãe), há muito que me encontrava estagnada, agarrada ao medo de ser eu mesma e, inevitavelmente, vazia.

2017 foi o ano em que "renasci". porque eu me permiti mudar. e em que cresci (envelheci!?). foi o ano em que se deu literalmente um click, algures dentro de mim, que me impeliu a cuidar e a investir em mim. 

foi o ano em que percebi que a vulnerabilidade não é um ponto fraco, muito pelo contrário! que quando temos a capacidade (coragem!) de assumir a nossa vulnerabilidade (para connosco e para com os outros), o que recebemos da vida é tão maior, mais bonito e recompensador...

em 2017 usei uma franja. andei muitas vezes de ténis. vesti uns calções de ganga ridiculamente curtos. dancei com os meus filhos. chorei baba e ranho a ver filmes/séries. namorei muitíssimo. vi o por do sol em África rodeada de amigos. batizei a minha filha. entraram na minha vida pessoas incríveis. aprendi (tenho aprendido) imenso com essas pessoas. voltei a praticar exercício físico e procurei alimentar-me de forma mais saudável. agradeci todos os dias, em particular, pela saúde que não me abandonou, nem aos meus. descobri boa música. li muita coisa interessante. tive a oportunidade de fazer trabalhos que me realizaram tanto profissional como pessoalmente. amei muito as minhas pessoas. zanguei-me muitas vezes com o mundo e com a Humanidade. não vivi tão longe do smartphone como desejaria. experimentei imensas receitas novas. 

fui feliz em 2017. porque me descobri.