Is there anybody out there?

Eu sei que a este ponto do campeonato já ninguém deve vir aqui espreitar o sótão, tal foi o abandono dos últimos tempos, mas mesmo assim vou dar-me ao trabalho de tentar pôr o motor a trabalhar. Mas só porque me ameaçaram.

A conversa é a mesma de sempre: trabalho, trabalho, trabalho. Para piorar a coisa acho que por aqui sofremos todas do mesmo trauma pós-esfalfamento: um certo vazio cerebral que só produz eco e teias de aranha. Daí o silêncio, ou letargia, como preferirem.

E depois há outro drama. Sabem quando ficamos muito tempo sem "dar notícias" a um amigo e quanto mais tempo deixamos passar mais complicado se torna justificar o desleixo? É que o que um mês depois se poderia justificar com um "xiii, tenho trabalhado que nem um cão neste último mês, não deu mesmo para mais nada", dois, três, seis meses depois não há imaginação nem capacidade de argumentação que nos valha. A partir daí é só a descer: cruzamo-nos com ele na rua e fingimos que não o vimos (pior do que justificar o silêncio só mesmo ter de o fazer à pressão) e quando damos por nós estamos a bloquear o dito cujo no messenger.

Lá está ela a divagar, estão vocês a pensar (isto partindo do princípio que está aí alguém). Não estou, achei só que ficava bem um pequeno devaneio introdutório antes de anunciar a rentrée oficial da Macacas.

E o que se passou durante a ausência? Ele foi férias, férias, férias e mais férias e logo a seguir, marranço, exame, chumbar e perder a oportunidade da minha vida de fazer aquilo para que estudei, cair no fundo do poço, pick myself up, dust myself off and start all over again. O Sinatra sabia-a toda, o resto é conversa. Como de tristezas estamos todos fartos, vamos ao que interessa e aqui fica um cheirinho das melhores férias dos últimos tempos...