quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Profissão de risco

86 jornalistas mortos em 2007

Em 2007 morreram, pelo menos, 86 jornalistas em todo o mundo, um número recorde desde 1994, ano em que morreram 103 profissionais, informa o balanço anual da organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF), divulgado hoje.
O recorde de 1994 ficou a dever-se ao genocídio no Ruanda que matou quase metade dos 103 jornalistas e à guerra civil na Argélia que matou 20.
Em 2006, o número de jornalistas mortos foi de 85, menos um que no último ano, lembra a organização de defesa da liberdade de imprensa com sede em Paris. Em cinco anos, o número de jornalistas mortos aumentou 244%.
No ano passado, mais de metade dos jornalistas mortos (exactamente 48) perderam a vida no Norte de África e Médio Oriente, 17 na Ásia, doze em África, sete no continente americano e dois na Europa e antiga URSS. Além disso, morreram 20 colaboradores dos media, contra os 32 de 2006. Com 47 vítimas, o Iraque continua a ser o país onde morrem mais jornalistas, seguido da Somália com oito e do Paquistão com seis.
A 1 de Janeiro de 2008 estavam detidos nas prisões de todo o mundo 135 jornalistas. A organização Repórteres Sem Fronteiras pede a sua “libertação imediata”. Ao longo de 2007 foram sequestrados 67 jornalistas e 14 estão ainda mantidos em sequestro, sobretudo no Iraque.
A repressão também chegou à Internet. 65 pessoas foram detidas por expressarem a sua opinião online e foram encerrados 2676 sites. "A censura mais forte ocorreu antes e durante o 17º congresso do Partido Comunista chinês", durante o qual 2.500 sites, blogs e fóruns foram interditados em poucas semanas.
Exemplos de que a democracia ainda não é uma realidade global.


O máximo que me pode suceder é apanhar um viruzito da gripe num qualquer centro de saúde, hospital ou unidade de saúde familiar deste país.

Não querendo subestimar o poder do influenza, esse sim tão democrático!

4 comentários:

Sérgio Mak disse...

Infelizmente, artistas de televisão matinal e vespertina de Portugal continuam milagrosamente a escapar às balas...

Unknown disse...

Eu ontem li no DN que morreram 172 jornalistas em 2007, a maior parte no contexto de reportagens de guerra.

Impressionante :/

Anónimo disse...

Se há situação que me diz tudo sobre o estado da (não)democracia de um país, é ouvir relatos de jornalistas mortos. Mexe muito. E releva muito mais.


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E agora, nada a ver: FELIZ ANO NOVO, MACACAS! :)

André disse...

É de admirar o espirito desses jornalistas...que para mim sempre foram uma referência de coragem.

Mas parece-me um trabalho ingrato. Arriscarem a própria vida num cenário inútil, onde outros ganham dinheiro...