terça-feira, 26 de agosto de 2008

Isto é o que acontece quando temos que fazer pesquisas na imprensa regional


Outeiro Seco – Chaves

“Rolinha” esperou cinco horas pelo veterinário

Em Outeiro Seco, Chaves, uma carroça onde seguia Maria Costa, uma idosa de 77 anos, foi abalroada por um carro, quando se preparava para regar.

Pouco passava das 7h15 horas, de segunda-feira, quando a colisão se deu. Maria, tal como faz habitualmente, ia regar, mas no caminho que liga Outeiro Seco a Vila Verde da Raia, um carro saiu de mão e embateu contra a égua que puxava a carroça onde seguia, projectando-os para a valeta.

O carro, ao que conseguimos apurar, era conduzido por um indivíduo de nacionalidade brasileira que viria de Espanha, onde trabalha como porteiro de uma discoteca. Segundo os vizinhos o condutor terá adormecido e Maria Costa, que se apercebeu do que lhe ia acontecer, só teve tempo de gritar “Ai, ladrão que me matas. Mal acabei de dizer estas palavras, já tinha batido na Rola”.

Por norma, tal como confirmou Mariana, a filha de Maria Costa, “a minha mãe anda sempre com a égua pela rédea e ainda bem que lhe deu para subir para a carroça, pois era o fim dela”.

O carro ficou em cima da égua e a carroça tombou para o terreno da berma da estrada, confirmou, banhada em lágrimas, Maria Costa que desesperava com a demora do veterinário, pois apesar do acidente se ter dado às 7h15, o animal, o único ferido, esteve seis horas à espera de um veterinário, que teve de vir de Vila Real.

O animal, que ficou gravemente ferido numa das patas dianteiras, teve de ser desviado para um terreno contíguo à estrada, onde esteve, sempre acompanhado por Maria, mais de seis horas para ser visto por um veterinário.

Mariana, a filha, contactou nove profissionais, mas nenhum se mostrou disponível para tratar a égua. “Uns porque estavam de férias, outros porque não faziam serviço com animais de grande porte”, explicou indignada com a situação Mariana Costa que só depois das 12h30 viu a Rola ser assistida por um veterinário do Hospital Veterinário da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Ao final da tarde, o veterinário que assistiu a Rola conseguiu imobilizar-lhe a perna e tapar-lhe os restantes ferimentos, garantindo que o animal “não tem nenhuma fractura de gravidade”.

Na terça-feira, a visita do veterinário repetiu-se e o medo de ter de abater o animal foi posto de parte, tranquilizando a família, que temia pela reacção do pai, que recupera de uma intervenção cirúrgica.

“Se a égua morre, o meu pai vai também,” disse Mariana, garantindo que a Rola é um animal dócil e uma companheira inseparável do pai nas lides do campo.

Ao final do dia de terça-feira, tal como confirmaram os filhos, depois de voltar a ser examinada, Rola já comia e isso fazia com que Maria Costa ficasse, também ela melhor, pois não tinha conseguido “pregar olho toda a noite”.

in "A Voz de Chaves"

Ainda não consegui parar de rir...

3 comentários:

André disse...

Ai que alivio...acabou tudo em bem!
Como se poderão enviar bombons à Rola, cara escritora?

E o "cafageste" do condutor?, vai preso?

macaca grava-por-cima disse...

Vá a www.avozdechaves.net!

Anónimo disse...

Olha, ó minha ranhosa insensível, se a égua fosse minha eu tb ficava em pânico... E tb não dormia...