sexta-feira, 14 de outubro de 2011

P**A de vida

Numa altura em que ainda não me habituei ao horário normal (quando, por lei, ainda deveria estar a gozar duas horas de trabalho a menos por dia...), em que todos os dias chego a casa com a sensação de que não tenho tempo de qualidade praticamente nenhum com o monkey baby, a ideia de ter que trabalhar mais meia hora por dia (não acredito que por si só esta medida tenha um impacto positivo na produtividade) provoca-me dor física, mata-me o meu optimismo habitual, põe-me num estado que roça a depressão.
Ontem fui deitar-me com uma tristeza e um medo que me são estranhos... Não resisti a passar no quarto do M., que já dormia há uns minutos largos, e ali fiquei a olhá-lo, a cheirá-lo, a prometer protegê-lo do que ele ainda não tem capacidade de compreender...

3 comentários:

Anónimo disse...

Acho que muita gente se deitou ontem e acordou hoje maldisposta.
Eu, enquanto funcionária pública, vou tendo cada vez mais cortes e tenho a sensação que são irreversíveis...
Já agora, porque é que não continuas a beneficiar de horário reduzido?

macaca grava-por-cima disse...

porque trabalho numa empresa onde sempre tive flexibilidade de horário... Onde se precisar de sair a meio da tarde saio e ninguém me pergunta nada, a não ser pelo trabalho feito nos prazos previstos... Atendendo a isso, e não estando já efectivamente a amamentar (sabendo porém que a lei fala em horário de aleitamento e não de amamentação), entendi que podia também eu ser flexível aos argumentos/bocas/(in)directas da minha entidade patronal relativamente a este assunto.
É tb esta flexibilidade que me leva a crer com todas as minhas forças que, numa empresa de prestação de serviços como a nossa, a meia-hora a mais de trabalho não vai fazer grande diferença na produtividade.

apessoa disse...

Perdemo-nos nesses momentos, o tempo passa e não nos damos conta tal é a serenidade do momento. A mim é isso, assim, que acontece