quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Saudadi...




Chegaste com três vinténs
E o ar de quem não tem
Muito mais a perder
O vinho não era bom
A banda não tinha som
Mas tu fizeste a noite apetecer
Mandaste a minha solidão embora
Iluminaste o pavilhão da aurora
Com o teu passo inseguro e o paraíso no teu olhar
Eu fiquei louco por ti
Logo rejuvenesci
Não podia falhar
Dispondo a meu favor
Da eloquência do amor
Ali mesmo á mão de semear
Mostrei-te a oigem do bem e do reverso
Provei-te que o que conta no universo
É esse passo inseguro e o paraíso no teu olhar
Dá-me lume, dá-me lume
Deixa o teu fogo envolver-se até a música acabar
Dá-me lume, não deixes o frio entrar
Faz os teus braços fechar-me as asas há tanto tempo a acenar
Eu tinha o espirito aberto
Ás vezes andei perto
Da essência do amor
Porém no meio dos colchões
No meio dos trambolhões
A situação era cada vez pior
Tu despertaste em mim um ser mais leve
E eu sei que essencialmente isso se deve
A esse passo inseguro e ao paraíso no teu olhar
Se eu fosse compositor
Compunha em teu louvor
Um hino triunfal
Se eu fosse critico de arte
Havia de declarar-te Obra prima á escala mundial
Mas não passo de um homem vulgar
Que tem a sorte de saborear
Esse teu passo inseguro e o paraíso no teu olhar


Dá-me Lume/ Jorge Palma

2 comentários:

André disse...

Bela surpresa matinal!

...e que se alimente o lume por muito mais tempo!

Beijo ENORME

macaca grava-por-cima disse...

Q lindos!

Citando uma outra cantora da nossa praça: "e esse lume, já ninguém pode, nunca apagar dentro de ti"...

Beijos para os dois!