terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

19 anos

foi o tempo que passou desde o nosso primeiro beijo, naquele restaurante na rua da misericórdia. milhões de beijos, um casamento, dois filhos e dois cães depois, tu continuas a ter a mesma doçura. sim, tu és doce. és um marido-bombom. um pai-mel. um homem doce. mesmo que quisesses não podias esconder essa doçura, porque ela não está nos teus olhos, mas no teu olhar (é um filtro com que encaras a vida, ainda que às vezes tentes contrariá-lo).

é uma doçura muito tua a que está lá de cada vez que me beijas ou me fazes rir. sempre que arquitetas partidas “infantis”. no teu esmagador “sentido de família”. nos bilhetinhos com que me alegras os dias, amiúde. na forma como cuidas dos miúdos (aí, é doçura em estado líquido!) e de mim (caramba, tu és o marido que se deita às tantas para validar as faturas pendentes que eu tinha no último dia/horas do prazo legal para o fazer!). é a doçura com que inconscientemente impregnas a tua forma de ser, de viver e de amar.

em cada dia destes 19 anos gostei um bocadinho mais de ti, mesmo naqueles dias em que não gostei. em que me zanguei. em que me frustrei. em que me senti sozinha. em que o perigo do “dado por adquirido” se tornou consciente. nesses dias também gostei um bocadinho mais de mim. de nós.

não percebo o teu espanto quando te falo em ter mais filhos. porque para mim é óbvio este desejo de ter mais filhos contigo. pelo pai que és, todos os dias. pelo companheiro que és, no dia-a-dia. pelo homem que te tornaste.

tenho vontade de mais filhos e tenho tantos outros desejos… como o de que a palavra cumplicidade continue a definir este nosso caminho, meu amor.

5 comentários:

Cátia Santos disse...

Pronto, derreti!!!! 👏😪

Guilhim disse...

Que bonito! Adorei!

Melancia disse...

Adoro histórias de amor a longo prazo!

André disse...

Em primeiro lugar escreves bem para caraças!

Em segundo lugar a prova de amor ao fim destes anos é fresca.

Em terceiro lugar é lindo e adoro-vos!

Até já...

macaca grava-por-cima disse...

o sentimento é recíproco, querido André!