segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Avô F.


Já aqui falei do meu avô F., que me chamava "a minha borreguinha" , de cada vez que me ia acordar.

Nesta manhã chuvosa, a caminho do trabalho, lembrei-me dele... Uma das varetas do meu chapéu de chuva - que já andava torta há uns tempos - resolveu partir-se e eu lembrei-me como o meu avô tinha jeito para concertar as varetas das "sombrinhas".

O meu avô F. era muito alto, e cheirava àquelas loções de barba de homem, à antiga!
O meu avô F. levava-me à escola preparatória, carregava-me a mochila e, pelo caminho, ensinava-me as marcas e modelos dos carros (se calhar gostava de ter tido um neto...)
Levava-me a brincar ao Jardim do Campo Grande (quando ainda se podia ir para lá brincar e andar de bibicleta), onde apanhávamos muitos pinhões que depois ele partia pacientemente, no quintal, e que apareciam já sem casca, numa tacinha de vidro, na mesa de Natal.

O meu avô F. deixou-nos cedo de mais...
Mas deixou-nos muitas (e boas) lembranças. E hoje, o que mais recordo, é o amor verdadeiramente genuíno que eu sei que sentia pelas netas.


1 comentário:

André disse...

Belo texto e bela imagem que deste do teu avô...Um avô de verdade...dos que só nos mimam e contam histórias! :))