Olhar distante, porém meigo.
Gosta que o chamem Tó e aprecia os cenários miltares na intimidade.
O Sr. General não se sente aproveitado, pá. Poças. 'Tadinho. Uns a queixarem-se de se aproveitarem deles, outros a quererem ser aproveitados. Está mais ou menos na mesma onda da entrevista que vi na revista VIP com uma daquelas senhoras da sociláite portuguesa que ninguém conhece (na maior parte das vezes nemmesmo em casa delas) que dizia em letras garrafais que "já há uns décadas que não tinha um companheiro e sentia falta de namorar". Like ehhh.... "Peguem em mim. Plisi."
Olhe, eu aproveito-me de si, Sr. General. Aproveito para deixar alguns excertos da entrevista em que fala da sua intimidade, publicada na revista Única, do Expresso de 27.01.07 (aqui reduzida por razões de espaço)
Nunca se sentiu desaproveitado?
Nunca me senti aproveitado! Mas nunca senti problemas de consciência por isso, porque manifestei sempre toda a disponibilidade para colaborar.
Os convites foram de ...
Jorge Sampaio. Foram as únicas vezes que fui convidado, e aceitei. Embora entenda que um ex-PR poderia ter sido utilizado em acções (...) de maior efeito.
Como, por exemplo?
Poderia ter sido aproveitada a experiência(...) de língua (...). Não estou a dizer que fosse eu, mas obviamente que eu estaria disponível. (...)E sabemos que a (...) dos portugueses é muito pequena.
Tem vindo a diminuir?
Creio que sim. Tem havido uma diminuição progressiva.
Está mais frágil?
Está menos participativa, e, portanto, menos capaz de defender as suas posições (...).
Em todo o caso, o senhor ainda se ofereceu como voluntário.
Várias vezes me perguntaram (...) o que pensava. (...) Quando se deu a invasão, entendi que, (...)o mínimo que podia fazer era oferecer-me como voluntário.
Não aceitaram?
Não. Aquilo foi muito rápido. Não foi ninguém. (...)
Antes de uma operação, rezava ou benzia-se?
Normalmente não. Mas depois (...)muitas vezes um indivíduo sente que tem a obrigação de dar graças. (...) é uma situação de extremo desgaste.
Em 1970 vai para a Guiné. É uma quarta experiência.
É realmente uma situação totalmente diferente, porque (...) na Guiné não foi feita pelos portugueses - foi pelos cabo-verdianos. Era muito estranho (...) feita pelos cabo-verdianos(...)
Ficou surpreendido com os resultados?
Sim. Estava convencido que (...)estaria mais à esquerda.
Quantas eram?
Relativamente poucas. (...)
Mas a quem (...)?
Como não fui eu quem que as mandou (...), não sei quem as recebeu. (...)
Também teve encontros (...)?
Estou convencido que sim. Aliás, naquele período valia tudo.(...)
Fez isso até ao limite!
E muito bem. Utilizando alguns instrumentos...
Artilharia pesada?
Sim. (...)
Era um palco de luta (...)?
Terrível.
Diária?
Em cada hora e a todas as horas.
Hoje, isso é inconcebível!(...)Voltaria a fazer isso?
Não voltaria a fazê-lo. Para mim, naquela altura, talvez por ingenuidade, (...)tinham que andar de mãos dadas. Infelizmente isso não é verdade.
4 comentários:
LINDO! És a maior!!! Agora temos que esperar que o senhor do olhar distante, porém meigo não tome atitudes drásticas contra o nosso blog! LOL
Nem venha para cima de nós com a sua artilharia pesada!!!!
O Tó é bacano ;)
Mãos dadas... ahhh...
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