terça-feira, 30 de janeiro de 2007
Arrepio
Há coisas tão bonitas que têm de ser partilhadas para se tornarem reais.
No ano passado tive a sorte de visitar uma exposição de Schiele no Museu Albertina, em Viena. O museu é lindíssimo, a exposição imponente. Sabia muito pouco sobre este pintor e saí de lá com uma sensação que alternava entre o sufoco e o preenchimento.
Egon Schiele, austríaco, nasceu em 1890. Era um dos rotegidos de Klimt, que influenciou muito a sua obra (tanto que até houve umas acusações de plágio pelo caminho, mas não vamos falar de coisas tristes). Pintou inúmeros auto-retratos, sempre marcados por uma desconfortável sensação de sofrimento. A sua grande paixão, Valerie, serviu de modelo em muitos dos seus quadros mais impressionantes, com uma expressividade que parece que entra por nós adentro, sem pedir licença. Alguns destes, vistos como pornográficos, não eram aceites pela sociedadeda época e foi precisamente a acusação de difusão de pornografia que levou a polícia a sua casa, onde encontram centenas de quadros de crianças. Seguiu-se a acusação de pedofilia e a prisão.
Schiele morreu aos 28 anos de gripe espanhola, três dias depois da sua mulher.
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6 comentários:
Obrigada por partilhares connosco este arrepio
fortissimo arrepio :)
Esse senhor é aquele dos pipis peludos, não é?
Nota-se Klimt ali, mas os deles são muitos mais crus e carnais. Tipo Paula Rego avangarde e mais focado para aquilo...
Arrepio define bem a sensação. Yep!
Confesso que não concentrei a minha atenção nos pipis, mas numa próxima oportunidade não me esqueço de certeza!
pipis não são aquelas coisas q se comem nas tascas portuguesas?
Os pipis comem-se onde um homem quiser, macaquinha.
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