Começo hoje uma longa e imprevisível travessia do continente africano, um devaneio orientado por um simples objectivo: regressar a casa. É este o meu projecto: atravessar África. Prosseguir do Sul para o Norte utilizando as estradas do continente, recorrendo aos transportes públicos, aos autocarros maltratados pelos anos, aos comboios que ainda andam, pedindo boleia, viajando com as pessoas da terra - em terra onde estiver, farei como vir fazer. Excluo o transporte aéreo, voar sobre África não é viajar por África. Aliás, voar não é viajar.
Rania e Marlon partem de Medellín rumo a Nova Iorque em busca do paraíso. Ela à procura de uma casa com vista para a Estátua da Liberdade, um quintal, um cão, talvez um filho. Uma vida melhor. Ele atrás de um lugar nessa casa.
Ser pai do filho dela e alcançar a felicidade a seu lado. Ilegais e sem entenderem quer os gringos quer a sua língua, os jovens só têm tempo para se aperceberem de que a América não os vai afastar da realidade em que viviam pois, na mesma noite em que chegam à grande cidade, perdem-se um do outro. De facto, esta viagem à terra das oportunidades vai mudar as suas vidas, mas não da forma como esperavam.
Espero que a leitura me provoque tanto ou igual prazer quanto me deu comprá-los...
2 comentários:
Gostei da ideia: "voar não é viajar"...e é mesmo assim...voar apenas nos desloca de um sitio para o outro sem vermos nada no entretanto!!
Eu adoro este autor! Já li dois livros dele: Planisfério Pessoal e A Lua pode esperar. Adoro a maneira dele viajar e de relatar essas viagens...
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