Diz o roto ao nú

De vez em quando espancar uns quantos macaquinhos do nosso sotão permite-nos chegar a conclusões interessantes. Hoje o tema de conversa ao almoço foi "Pancadas: quem não as tem?" Não estou a falar de manias do tipo de não conseguir ver uma caneta destapada ou ter de ter os frascos na banheira alinhados, ou não conseguir estar 5 minutos a ver o mesmo canal de televisão. Estou a falar de doenças psiquiátricas: malucos, passados, xonés. No espaço de uma hora foram postas em cima da mesa as histórias de 6 pessoas com graves distúrbios psiquiátricos. Uma não se sabe bem porquê mas desde correr atrás dos colegas com sacos de supermercado na mão para lhes bater, a acusar outros de assédio sexual por lhe desejarem bom dia, há de tudo... Outro é bipolar mas não assume então deixou de tomar a medicação. Outra passou-se desde que teve um acidente de avião e foi a única sobrevivente. Outro come em público com um babete de criança. Outro começou com problemas de insónias e passou-se ao fim de não sei quanto tempo sem pregar olho....

Podia continuar aqui eternamente... A verdade é que não há ninguém que hoje em dia não conheça quem um belo dia simplesmente tenha flipado. Novos, velhos, homens, mulheres... estamos todos passados. Sim estou a incluir-me no grupo, a verdade é que todos nós temos pancadas mais ou menos graves e às vezes assusto-me com a facilidade com que se passa aquela "thin red line". Gozem, gozem, mas há sempre um início para estas coisas e nunca se dá por ele! Quem é que me garante que os meus macaquinhos não são já um granda jardim zoológico? Uma selva? Uma comunidade de gorilas?

Tenham a coragem de contar a vossa pancada mais estranha. Daquelas que envergonham mesmo. Eu chego-me à frente: desde pequena que não consigo vestir a parte de baixo da roupa sem ter vestido a de cima primeiro. Parece que me estão a partir pela cintura. (trje!trjeee!!trje!trjeee!!= chicotadas)